- Data e Horário:
15, 17, 22, 24, 29 e 31/03 (segundas e quartas-feiras), das 19h às 20h30
- Local:
Online
- Palestrantes:
Ana Carolina de Oliveira Costa (UnB) e Chirley Rodrigues Mendes (UnB)
- Vetor(es):
Arte&Cultura, Poder
Tema: Pensamento social Africano, a partir de uma perspectiva endógena de conhecimento.
Vetor: Sociedade; Poder
Ementa: Este curso tem por objetivo introduzir-nos a alguns debates da área de estudos endógenos em contextos africanos. Este foi um movimento político-intelectual que se intensificou no continente no período pós-colonial. Sua intenção era problematizar o lócus do continente, como nação e povos soberanos, no mundo moderno. A questão central que se apresentava era: voltamos ao que éramos antes da colonização ou nos encaixamos no sistema-mundo moderno? Neste sentido, o curso propõe uma introdução a este debate a partir de uma breve discussão sobre nativismo x instrumentalismo, conhecimento endógeno x exógeno, capitalismo racial e as dinâmicas de poder e silenciamento nos processos de construção de ciências sociais periféricas. Para tanto, tomaremos como eixo central os debates sobre alteridade, essencialismo e poder nos constructos de produção de conhecimento. Estas discussões servirão para pensarmos, coletivamente, os limites e desafios colocados às Ciências Sociais africanas pela produção intelectual ocidental. Portanto, este curso é um convite à reflexão sobre as produções de conhecimento africanas, fora da produção teórica hegemônica, ou ao menos de forma crítica a ela.
Objetivos: O objetivo deste curso é oferecer um instrumental teórico-analítico que permita ao nosso público-alvo, compreender as dinâmicas político-sociais envolvidas na construção de um pensamento social africano.
Formato: Curso online, em tempo real, terá um total de 6 aulas, com 90 minutos de duração cada.
Atenção: Este curso acontecerá de forma síncrona, com aulas em tempo real, de modo a incentivar a participação e a troca entre cursistas e ministrantes responsáveis pela atividade.
Além dessa opção de cunho pedagógico, o Laboratório Social compreende que há direitos autorais, de imagem e de áudio que devem ser resguardados e, por essa razão, não disponibiliza a gravação dos conteúdos dessa modalidade de curso. Assim recomendamos que você se certifique de sua disponibilidade efetiva de agenda para acompanhar e aproveitar plenamente o conteúdo e as trocas propiciados pela atividade.
Programa de Aulas:
AULA 1 – Crítica às representações ocidentais da identidade africana e reflexões sobre o imaginário coletivo africano.
AULA 2 – Modernidade como instrumento colonial de engessamento das tradições africanas e as possibilidades de uma modernidade africana.
AULA 3 – Capitalismo racial e a produção de uma alteridade africana.
AULA 4 – A produção de conhecimento sobre processos sócio-históricos e as dinâmicas de poder que silenciam certas narrativas e atores.
AULA 5 – Estudos Africanos e a produção de uma agenda.
AULA 6 – Ontologia combativa.
Bibliografia Indicada: Envio por e-mail para inscritas(os) confirmadas(os)
Público Alvo: Graduandos(as), pós-graduandos(as), docentes, pesquisadores(as), nas áreas de humanidades, comunicação, propaganda, Educação Física, e demais interessados(as).
Carga horária: 9 horas
Certificado: Carga horária de 9 horas
Investimento (à vista ou em até 04 parcelas*):
R$ 280,00 para Interessados em geral
R$ 210,00 para Docentes da Rede de Educação Básica (privada e pública)
*Taxas serão aplicadas para a opção de parcelamento.
Apresentação dos Docentes:
Ana Carolina de Oliveira Costa
Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília como bolsista CAPES, pesquisa sobre história-política, capitalismo racial, marxismo africano e cultos aos Voduns no Benim, tendo realizado estágio de Doutorado Sanduíche (PDSE-CAPES) na Universidade de Abomey-Calavi sob supervisão do Professor Dodge Amouzovi. Mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília, tendo realizado pesquisas sobre as guerras civis de Serra Leoa e Libéria, cujo enfoque recaiu na juventude, conflitos geracionais e uso de magia como arma de guerra. Graduada em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com pesquisa sobre oralidades, narrativas míticas e transmissão de conhecimentos dentro de casas de candomblés em Belo Horizonte. Tem interesse nas temáticas: estudos africanos, estudos das relações étnico-raciais, teorias antropológica, circulação e produção de conhecimento no/do continente africano, antropologia da religião e bruxaria, antropologia política; capitalismo racial; marxismo africano e; África-Mundo. Participante no ano de 2019 da École Doctorale des Ateliliers de la Pensée de Dakar, coordenado por Achille Mbembe, Françoise Vergès e Felwine Sarr dentre outros.
Chirley Rodrigues Mendes
Doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre na mesma área pela mesma instituição, como bolsista CNPq, com estágio de Doutorado Sanduíche (PDSE-CAPES) na Universidade de Cabo Verde (UniCV) e participação no Programa Internacional de Apoio à Pesquisa e ao Ensino por meio da Mobilidade Docente e Discente Internacional (Pró-mobilidade Internacional – CAPES-AULP) na mesma universidade junto ao Centro de Investigação e Formação em Gênero e Família (CIGEF). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros. Pesquisa sobre juventude em Cabo Verde numa perspectiva interseccional e intergeracional, em contextos urbanos e rurais da Ilha de Santiago. Trabalha com as temáticas: gênero, feminilidades e masculinidades; família, espaços domésticos e de intimidade; história de vida e trajetórias de vida; estudos e teorias do cuidado, redes de apoio e sociabilidade; estudos africanos e afro-brasileiros; estudos das relações étnico-raciais; juventude, estudos geracionais; interseccionalidade; pós-colonialidade e decolonialidade.