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Pobreza Menstrual: faces veladas da desigualdade
- Data e Horário: 11/03/2021
- Tipo de Evento: Painel
- Tipo de Evento: Painel
- Local: Online
- Local: Online
- Palestrantes: Letícia Bahia (Girl Up / Brasil), Nayara Teixeira de Souza (Girl Up) e Renata Guedes Mourão Macedo (USP)
- Vetor(es): Educação, Poder
Vetor: Poder; Educação.
A pobreza menstrual pode ser definida como um conjunto de fatores sociais que tornam o período menstrual uma severa adversidade para meninas em situação de vulnerabilidade social. Dentre essas situações destaca-se a dificuldade de acesso à produtos menstruais, a falta de informação sobre a menstruação e a ausência de infraestrutura adequada, especialmente nas escolas, para o manejo da higiene menstrual. Segundo a ONU, uma a cada dez meninas falta à escola durante o período menstrual devido à pobreza menstrual. Em alguns países, as meninas, após a menarca, deixam de frequentar a escola.
Compreendida como um obstáculo à realização da Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável, a pobreza menstrual tornou-se um problema real a ser combatido em vários países do mundo. Tabus, falta de informação, desigualdade de gênero e abissais desigualdades sociais são os problemas mais comuns enfrentados pelas e pelos ativistas. Cientes dessas dificuldades e da ausência de estudos sobre as consequências da pobreza menstrual, as meninas do Girl Up vêm organizando pelo Brasil campanhas de conscientização, ações de advocacy em prol de projetos de leis e sistematizaram os dados que dão corpo a esse relatório.
Objetivos: Fomentar a discussão sobre as implicações da pobreza menstrual para o pleno desenvolvimento das meninas em idade escolar; abrir caminho para que sejam produzidos mais estudos sobre as várias interdependências imanentes à pobreza menstrual.
Carga horária: 1 hora e 30 minutos
Certificado: 1 hora e 30 minutos
Programação:
Mediação: Ana Maura Tomesani (Laboratório Social/Síntese)
Expositoras:
Nayara Teixeira de Souza (Girl Up)
Renata Guedes Mourão Macedo (USP)
Letícia Bahia
Nayara Teixeira de Souza
Estudante de Direito e líder Girl Up
Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, Renata realiza atualmente pós-doutorado na Faculdade de Educação da USP, projeto Saberes e práticas em fronteiras: por uma história trasnacional da educação. Atua nas áreas de Antropologia e Sociologia Urbana, nos temas marcadores sociais da diferença, educação, gênero, classe social, ensino superior, consumo, trabalho, emprego doméstico. É pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre os Marcadores Sociais da Diferença (Numas/USP) e entre 2016 e 2019 ministrou cursos na graduação e na pós-graduação na Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP).
Realização: Girl Up Brasil (https://portuguese.girlup.org/)
Documentário Absorvendo o Tabu, direção de Rayka Zehtabchi, retrata a menstruação no contexto das mulheres indianas
Plataforma on-line da Agenda 2030: http://www.agenda2030.org.br/
Vídeo do Intercept no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=OvW2S2Op6aQ&feature=emb_logo